Profa. Dra.
Tânia A. T. Gomes do Amaral
Histórico
Formada em Ciências Biológicas modalidade Médica em 1979, fez o estágio curricular na Disciplina de Microbiologia do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia (DMIP) da Escola Paulista de Medicina, sob orientação do Prof. Dr. Luiz Rachid Trabulsi e coorientação da Dra. Maria Henriqueta Lemos dos Reis.
Realizou o mestrado em Microbiologia e Imunologia (08/1980 a 02/1983) novamente sob a orientação do Prof. Trabulsi e coorientação da Dra. Maria Henriqueta, no DMIP, com período de estágio no exterior, realizado no laboratório do Dr. Werner Maas na New York University Medical School, em 1982.

Dra. Gomes foi contratada como Professora Auxiliar da Disciplina de Microbiologia em 1983, após prestar concurso público, tornando-se, logo a seguir, Professora Assistente.
Ingressou no Doutorado em 1985, novamente sob a orientação do Prof Trabulsi, no qual desenvolveu um extenso estudo epidemiológico sobre a diarreia infantil, que foi realizado em colaboração com o Centers for Disease Control and Prevention (CDC de Atlanta, Ga), sob a coordenação do Dr. Paul A. Blake. Ainda durante o período do doutorado, fez estágio no Department of Geographic Medicine, Center for Vaccine Development (CVC), Universidade de Maryland, em Baltimore, para aprimorar conhecimentos técnicos sobre a utilização de novas sondas genéticas para detecção de enteropatógenos, sob a orientação de Dr. John Glenn Morrys Jr. e Dr. James B. Kaper, em 1986. Em 1988, concluiu a tese de Doutorado.
Desde o início da formação acadêmica, trabalhou com diversos patotipos de E. coli diarreiogênicas, investigando seu papel no desenvolvimento de infecções, bem como os fatores de risco associados à sua ocorrência em crianças e novos mecanismos de virulência.
Atualmente, é Professora Titular da Disciplina de Microbiologia do DMIP, onde seu grupo desenvolve pesquisas sobre a Patogenicidade de Enterobactérias, com ênfase em Escherichia coli e Escherichia albertii.
O Laboratório Experimental de Patogenicidade de Enterobactérias
O Laboratório Experimental de Patogenicidade de Enterobactérias (LEPE) iniciou-se em 1983, com a contratação da Dra. Tânia A. T. Gomes do Amaral como docente e pesquisadora na Disciplina de Microbiologia do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia da Escola Paulista de Medicina – Universidade Federal de São Paulo.
Ao longo dos diversos anos, desde sua fundação, o laboratório realizou vários trabalhos colaborativos com outros grupos de pesquisa, nacionais e internacionais, objetivando a melhor compreensão das infecções diarreicas responsáveis por ocasionar grande número de óbitos infantis no mundo, sobretudo em países em desenvolvimento, como o Brasil.
Da epidemiologia à pesquisa específica ligada aos mecanismos de ação dos fatores de virulência e resposta do hospedeiro aos patógenos, o LEPE objetiva ampliar os conhecimentos sobre a patogenicidade de Enterobactérias responsáveis por causar infecções em seres humanos com ênfase no gênero Escherichia.
Assim, são estudados os aspectos epidemiológicos e os mecanismos e determinantes genéticos de patogenicidade envolvidos no estabelecimento de doenças por E. coli, com ênfase em E. coli enteropatogênica (EPEC típicas e atípicas), E. coli enteroagregativa (EAEC), E. coli uropatogênica (UPEC) e de cepas híbridas de E. coli (isto, é, cepas contendo marcadores de virulência de diferentes patotipos). Potenciais mecanismos da enteropatogenicidade de E. albertii também têm sido avaliados. Os estudos enfocam aspectos da interação com células intestinais (adesão, invasão, persistência no ambiente intracelular, translocação e/ ou indução da produção de muco) de cepas selecionadas e mutantes isogênicos, em sistemas in vitro, in vivo e ex vivo. O LEPE busca caracterizar novas adesinas e o papel de flagelos para a colonização intestinal e compreender os mecanismos de invasão e de indução de produção de muco, em diferentes modelos de células intestinais.